Acordes que arranham a memória e gelam, ainda hoje, de saudade e emoção!
Quanto País desperdiçado, desde 1975 até hoje!
Mais de três décadas volvidas sobre o acontecimento fundador do Portugal Contemporâneo, a expressão de um desejo [ou de um sonho] impossível: o de que fosse possível encurtar a História de trinta dos seus anos---precisamente os últimos---e recolá-la no instante exacto em que a Revolução caíu às mãos dos que, de um modo ou de outro, negando-a abertamente ou fingindo, pelo contrário, astutamente incorporar-se de forma franca e leal nela, sempre desejaram que ela nunca tivesse realmente acontecido e tudo fizeram para que ela morresse.
"Quanto País desperdiçado..."
ResponderEliminarÉ verdade, olho para esta nossa realidade e pergunto: o que foi que fizemos daquela generosidade? Onde foi que deixámos perdida aquela capacidade para acreditar que tudo podia ser transformado e que era possível construir um lugar para a justiça e para a verdade, um lugar onde todos tivessem o seu lugar?
Haverá outra forma de resistência mais urgente do que esta - a de nunca deixarmos de nos comover com Abril?
Um beijinho.
Se calhar, até havia mas...
ResponderEliminarComo as coisas estão, temos de nos contentar com essa...
Mas é bom saber que outros como Ezul partilham dessa nossa sempre viva [e sempre viúva: o trocadilho é irresistível...] comoção.
Um beijinho também---e volte sempre, ouviu?
Isto sem si não tem graça nenhuma, como diz ou dizia o Malato...