quinta-feira, 22 de abril de 2010

"25 de Abril"


Acordes que arranham a memória e gelam, ainda hoje, de saudade e emoção!


Quanto País desperdiçado, desde 1975 até hoje!


Mais de três décadas volvidas sobre o acontecimento fundador do Portugal Contemporâneo, a expressão de um desejo [ou de um sonho] impossível: o de que fosse possível encurtar a História de trinta dos seus anos---precisamente os últimos---e recolá-la no instante exacto em que a Revolução caíu às mãos dos que, de um modo ou de outro, negando-a abertamente ou fingindo, pelo contrário, astutamente incorporar-se de forma franca e leal nela, sempre desejaram que ela nunca tivesse realmente acontecido e tudo fizeram para que ela morresse.


2 comentários:

  1. "Quanto País desperdiçado..."
    É verdade, olho para esta nossa realidade e pergunto: o que foi que fizemos daquela generosidade? Onde foi que deixámos perdida aquela capacidade para acreditar que tudo podia ser transformado e que era possível construir um lugar para a justiça e para a verdade, um lugar onde todos tivessem o seu lugar?
    Haverá outra forma de resistência mais urgente do que esta - a de nunca deixarmos de nos comover com Abril?
    Um beijinho.

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  2. Se calhar, até havia mas...
    Como as coisas estão, temos de nos contentar com essa...
    Mas é bom saber que outros como Ezul partilham dessa nossa sempre viva [e sempre viúva: o trocadilho é irresistível...] comoção.
    Um beijinho também---e volte sempre, ouviu?
    Isto sem si não tem graça nenhuma, como diz ou dizia o Malato...

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