sábado, 1 de maio de 2010

"Boy George - Everything I Own"

É um bocadinho... "campitsch" ["camp"+"kitsch"?]

Pois é...

O "Boy" George está a quilómetros de ser o Pavarotti ou o Domingo?

Pois está e... depois?

A ideia da canção é lindíssima, a batida impressiva e envolvente, ouve-se como no Verão se bebe uma daquelas coisas com aspecto de sabonete líquido de casa-de-banho de aeroporto absolutamente insondáveis servidas com uma sombrinha de papel em cima---e, afinal de contas, como dizem os alemães... "es muss nicht immer Kaviar sein, nicht wahr"!...

Que diabo! Não pode ser sempre leitinho e sumos de fruta, não é?...

...Ou como também dizem os mesmos alemães a quem devemos aquela 'verdade eterna' envolvendo o caviar... "einmal ist keinmal"...

Deixemo-nos, pois, de 'coisas' e ouçamos este "Everything I Own" sempre que nos apetecer "to musically slum" ou coisa que o valha---que uma vez não são vezes, a canção é, de facto, girota, se não não faz bem a coisa alguma também não terá importância que baste para fazer verdadeiro mal, musicalmente é honesta e o texto não ofende a inteligência seja de quem for---o que é francamente mais do que pode, em bom rigor e boa fé, ser dito de tantas outras coisas, musicais, poéticas, teatrais ou estéticas em geral que por aí correm com direito a lugar cativo na costura, perdão, na cultura nacional, mais ou menos domingueira ou mais ou menos oficial do 'regime'...

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