Nunca vi o Anjo azul, mas pelo que eu assisti numa programa que vi sobre a biografia de Marlene Dietrich, foi o mais importante trabalho da sua carreira e o que a lançou projecção internacional. Estou certa ou não, amigo Carlos?
Foi, pelo menos, o mais... 'escandaloso', Amiga Ava! Tinha, de resto, tudo para sê-lo: a mulher devoradora de homens, a "queda" moral do professor [que, quer no livro, quer no filme se chama significativamente "Unrat", isto é, qualquer coisa próxima do português "In-sensato"], a lenta degradação deste, a "vingança" dos alunos objecto da sua severidade anterior, etc. etc. E Marlene Dietrich, claro! O realizador, Joseph von Sternberg preparou ao milímetro o lançamento deste símbolo sexual de quem se dizia [tê-lo-á escrito, confirmando a ideia, a filha] ter tido vários amantes dos dois sexos, entre eles, Hemingway e Chaplin. Mas há outros filmes através dos quais ela se foi consagrando no imaginário colectivo global: "Marrocos" com Gary Cooper, "O Expresso de Xangai" onde é igualmente uma mulher com uma conduta muito... heterodoxa , a "Imperatriz Vermelha" onde nos é mais uma vez mostrada como um D. Juan de saias que recebe apaixonados por portas secretas, enfim, ao longo dos tempos foi-se progressivamente consolidando uma mitologia-Marlene, assente no erotismo um pouco 'sombrio' e sempre, de um modo ou de outro, associado [ou associável] ao 'pecado'. É pena, volto a dizer, que a televisão tenha abandonado, ao que parece definitivamente, aquele projecto dos "Cinco Noites, Cinco Filmes" onde ainda era possível, fora da Cinemateca, rever essas preciosidades históricas que estão hoje excluídas do [e pelo!] mercado. A nossa ideia no "Cine-clube na Biblioteca" era precisamente dá-los a conhecer aos públicos mais jovens... Enfim... Não terá sido possível mas a ideia era, de facto, essa. Pode ser que, um dia... Beijinho! Carlos
Um Hamlet feminino e simiesco. O lado, a um tempo, animal, grosseiro e/ou feminino dos mitos. Todos o têm---ou não seriam mitos. É também uma leitura muito pessoal d' "A Boba", da Estela Guedes. Como eu [também] a 'vejo'...
"Giocatolo ou Carnival Day: colagem sobre papel"
"Hamlet-III: Todos Somos Hamlet"
"Hon Dansade En Somaren"
Um colagem asobre papel que redediquei a Olga Roriz por ocasião da apresentação da sua "Electra"
"À La Recherche D' Un Langage Commun"
O primeiro de um ciclo de Hamlets que tenciono aqui coleccionar e exibir"
Nunca vi o Anjo azul, mas pelo que eu assisti numa programa que vi sobre a biografia de Marlene Dietrich, foi o mais importante trabalho da sua carreira e o que a lançou projecção internacional. Estou certa ou não, amigo Carlos?
ResponderEliminarum beijo Ava
Foi, pelo menos, o mais... 'escandaloso', Amiga Ava!
ResponderEliminarTinha, de resto, tudo para sê-lo: a mulher devoradora de homens, a "queda" moral do professor [que, quer no livro, quer no filme se chama significativamente "Unrat", isto é, qualquer coisa próxima do português "In-sensato"], a lenta degradação deste, a "vingança" dos alunos objecto da sua severidade anterior, etc. etc.
E Marlene Dietrich, claro!
O realizador, Joseph von Sternberg preparou ao milímetro o lançamento deste símbolo sexual de quem se dizia [tê-lo-á escrito, confirmando a ideia, a filha] ter tido vários amantes dos dois sexos, entre eles, Hemingway e Chaplin.
Mas há outros filmes através dos quais ela se foi consagrando no imaginário colectivo global: "Marrocos" com Gary Cooper, "O Expresso de Xangai" onde é igualmente uma mulher com uma conduta muito... heterodoxa , a "Imperatriz Vermelha" onde nos é mais uma vez mostrada como um D. Juan de saias que recebe apaixonados por portas secretas, enfim, ao longo dos tempos foi-se progressivamente consolidando uma mitologia-Marlene, assente no erotismo um pouco 'sombrio' e sempre, de um modo ou de outro, associado [ou associável] ao 'pecado'.
É pena, volto a dizer, que a televisão tenha abandonado, ao que parece definitivamente, aquele projecto dos "Cinco Noites, Cinco Filmes" onde ainda era possível, fora da Cinemateca, rever essas preciosidades históricas que estão hoje excluídas do [e pelo!] mercado.
A nossa ideia no "Cine-clube na Biblioteca" era precisamente dá-los a conhecer aos públicos mais jovens...
Enfim...
Não terá sido possível mas a ideia era, de facto, essa.
Pode ser que, um dia...
Beijinho!
Carlos