quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

"Jean Simmons"

Mais uma referência cinematográfica que acaba de nos deixar.

Discretamente, como ainda não há muito aconteceu com Jennifer Jones, esta solidíssima e belíssima actriz inglesa que se estreou no cinema em 1944 e chegou a ser eleita a mais popular estrela do cinema britânico faleceu em Janeiro deste ano, no dia 22, de cancro.

De uma beleza serena e clássica, foi uma excelente actriz com uma vida não isenta de sobressaltos de que não vale agora a pena falar.

Foi casada com Stewart Granger e, mais tarde, com o realizador Richard Brooks que a dirigiria em "Elmer Gantry".

Fez parte do elenco de filmes de referência no cinema como "Great Expectations" David Lean, em 1946 [protagonizaria, aliás, segundo a informação de que disponho, uma segunda versão para a televisão em 1989, dirigida por Kevin Connor onde desempenhou, desta feita, na obra de Dickens, o papel de Miss Havisham]; "Hamlet" [1948] de e com Laurence Olivier e Anthony Quayle; "Black Narcissus", da dupla Emeric Pressburger/Micheal Powell; "The Robe/A Túnica" de 1953, dirigido por Henry Koster com quem voltaria a trabalhar, no ano seguinte, em "Desiré", onde contracenava com Marlon Brando; "Guys and Dolls" de Joseph L. Mankiewicz [1955] de novo com Brando e Frank Sinatra no elenco de um filme onde, além de representar, também cantava; o já referido Elmer Gantry" [1960] adaptado do romance homónimo de Sinclair Lewis com Burt Lencaster que, pelo seu papel no filme, ganharia o Óscar de Melhor Actor ou ainda "Spartacus", também de 1960 dirigido por Stanley Kubrick.

O seu derradeiro papel no cinema foi no filme "Shadows in the Sun" de 2008.

Apesar da imagem discreta deixa na História do Cinema uma marca perfeitamente reconhecível.

4 comentários:

  1. Não sabia que Jean Simmons tinha falecido. Não conheci bem o trabalho dela e acho que único filme que vi foi a Túnica.
    Mas se o seu derradeiro papel foi o "Shadows in the Sun" de 2008, vou certamente ver.

    um beijo Ava.

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  2. Força! Mas aí vai vê-la já muito diferente do que era na altura d' "A Túnica", ján muito desgastada pela doença e pelas consequências do alcoolismo dfe que chegou a sofrer.
    Morreu com cancro pulmonar.
    Diga, depois, o que achou.
    Para quem a "conheceu" em plena juventuude, é muito triste vê-la assim, em todo o caso!

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  3. A Túnica foi o primeiro filme de "adultos" que vi. Fiquei fascinada... e nunca mais esqueci o ar tão sereno desta senhora!

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  4. Foi também uma das minhas "paixões" cinéfilas, embora [como ela própria] mais serena e discreta do que as outras [pela Deborah Kerr, pela Scilla Gabel, pela Pier Angeli, eu sei lá!]
    De qualquer modo, quando uma destas referências nossas morre, é um pouco de nós que vai também com elas, não é?...
    O mundo fica um bocadinho mais nu de pontos de orientação e referência e nós proporcionalmente mais confusos e mais perdidos nele...
    Morrer é terrível, nãso há dúvida por muito que a gente finja acreditar que é natural: racionmalmente, com certeza mas... do 'outro' ponto de vista, meu Deus!...

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